O VELHO E A SUA LINDA NOGUEIRA

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Texto de Álvaro Magalhães
Pé de Vento apresenta O Velho e a sua linda nogueira 

Estreia 7 dezembro 2013 | Teatro da Vilarinha
Espetáculo para m/4 anos





O Pé de Vento estreia O Velho e a sua linda nogueira, de Álvaro Magalhães, com encenação de João Luiz, no próximo dia 7 de dezembro, às 21h30, no Teatro da Vilarinha. O espetáculo, para maiores de 6 anos, ficará em cena, para o público em geral, até 29 de dezembro, sábados e domingos às 16h00.

Para o público escolar, desde 15 de Outubro até 17 de Dezembro que o espetáculo está disponível para itinerância, no âmbito das deslocações ao pé da porta e, em paralelo, poderá ser representado, até 10 de Janeiro de 2014, no Teatro da Vilarinha, segundo sessões sujeitas a marcação.

Com O Velho e a sua linda nogueira regressamos a um dos contos mais emblemáticos da obra que Álvaro Magalhães tem vindo a publicar desde 1982. Como em obras anteriores do escritor, este é um texto que tem por base um conto tradicional por ele reelaborado.

A história conta-nos que o Velho Desgraça, servindo-se de uma graça concedida por S. Pedro, a quem pedira para prender na nogueira quem lá subisse para roubar as suas nozes, acaba por enganar a própria morte.

Eu queria viver para cuidar da minha linda nogueira, que era a minha única companhia, o maior consolo, a verdadeira alegria. Agora, com a morte presa, nada acontecia: A terra fugiu da terra, a água fugiu da água, o fogo fugiu do fogo, o ar fugiu do ar. E a vida fugiu da vida. Já não havia morte e… sem morte não há vida.

O Velho e a sua linda nogueira foi apresentado em ante-estreia no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, no passado dia 26 de Outubro, no âmbito do programa de comemoração dos 30 anos de Vida Literária de Álvaro Magalhães.





FICHA TÉCNICA
Texto: Álvaro Magalhães
Espaço cénico e Encenação: João Luiz
Figurino: Susanne Rösler
Interpretação: Patrícia Queirós
Montagem e Operação de luz: Rui Azevedo
Produção: Pé de Vento






TEATRO DA VILARINHA
Estreia: 7 dezembro 2013 | 21h30 

- Sessões para o público em geral:
8 a 29 de dezembro | sábados e domingos às 16h00
Preço de bilheteira: 10€; 5€ (reduzido); 3,40€ (grupos 10px)

- Sessões para o público escolar:
15 de outubro 2013 a 10 de janeiro 2014
3ª a 6ª às 11h00 e 15h00 (outros horários a combinar)

· duração – 50 minutos seguido de debate
· capacidade máxima de 106 alunos
· preço do bilhete: 3,40€ / aluno
· organização/preço de transporte - sob consulta


AO PÉ DA PORTA (Porto/raio de 20km) 
15 de outubro a 17 de dezembro 2013

· sessões para público escolar: manhã e/ou tarde
· duração – 50 minutos seguido de debate
· nº de alunos: min. 20 / máx. recomendado 150
. preço do bilhete: 3€
· deslocação ao local tudo incluído
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O Bando traz O Senhor Imaginário ao Teatro da Vilarinha

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23 e 24 Novembro 2013
sábado 21h30 | domingo 16h00

O SENHOR IMAGINÁRIO
monólogo desenvolvido a partir de AUTO DA PURIFICAÇÃO
baseado em contos de VERGÍLIO FERREIRA

encenação Sara de Castro e João Brites
cenografia João Brites
oralidade Teresa Lima
figurinos Clara Bento
desenho de luz João Cáceres Alves e David Palma, com Guilherme Noronha

criação TEATRO O BANDO



















Toda a loja se punha a fermentar de abortos, de aleijões, de criaturas disformes como Deus as teria feito se estivesse bêbedo quando fez os seus modelos. [...] Pode dizer-se que a arte do Imaginário o cobria todo. Interposta entre ele e a nação, era através dessa arte que se realizava em harmonia a religião, a política, o riso, a ternura, os sonhos privados e os sonhos colectivos.

Partindo da criação, AUTO DA PURIFICAÇÃO, estreada em 2012, o monólogo O SENHOR IMAGINÁRIO pretende reinventar o universo dos contos de Vergílio Ferreira através da personagem Jeremias, apresentada pelo actor Guilherme Noronha.

Por uma vez queremos fazer parte da família desse oleiro a que Vergílio Ferreira chamou Imaginário, queremos parodiar um ridículo reduto de resistência interposto entre nós próprios, enquanto Imaginários insubmissos, e uma nação ocupada, vendida a retalho por mercadores sem escrúpulos. Aprendemos com os bonecos de barro do tal Imaginário a preconizar a igualdade pois o mais comum é ver uns tantos, poucos, habituados a olhar para baixo e os outros todos, recorrentemente, a serem obrigados a olhar para cima, como se tivessem sido condenados a viver eternamente em baixo. Não conseguimos evitar uma visão medievalista, mas seria curioso imaginar que poderíamos ter a representação mental do paraíso na profundeza das grutas, e ter a do inferno no meio de um céu estrelado. Se não damos mais voz às minorias vamos seguir sempre o mesmo rumo. Portanto gritamos, que o que está em causa é a defesa da soberania de um país emancipado.

TEATRO O BANDO www.obando.pt/pt
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