O SENHOR DO SEU NARIZ


Texto de Álvaro Magalhães, encenação de João Luiz e interpretação de Patrícia Queirós

Espectáculo do Pé de Vento, para m/ 4 anos 

Em cena no Teatro da Vilarinha até 13 janeiro 2013
 


Custou-me muito a nascer. Estava tão bem desnascido, aconchegado, sem ter nada que fazer. Mas tinha que ser, e lá acabei por nascer. Foi então que apareceu a fada… Não foi convidada mas apareceu. Foi para o que lhe deu. Pousou a mão na minha testa e disse: A vida deste rapaz vai dar para o torto. E foi isso que aconteceu. Era desagradável ser tão diferente do resto da gente, mas que havia de fazer se era esse o meu destino?

texto Álvaro Magalhães
encenação João Luiz
cenografia João Calvário
interpretação Patrícia Queirós
figurinos Susanne Rösler
composição musical Blandino
desenho de luz Rui Damas
desenho gráfico Pedro Pires
construtor da harpa Ramón Santeiro
construção e montagem Rui Azevedo

Teatro da Vilarinha
27 novembro de 2012 a 13 janeiro 2013
sábados e domingos, às 16h00 (sábado, 1 de dezembro, sessão apenas às 21h30)
3ª a 6ª feira às 11h00 e 15h00, para público escolar, mediante marcação (outros horários a combinar)

 

No Teatro da Vilarinha, até 18 de novembro 2012



   
HISTÓRIA DE UM SEGREDO
Texto de Álvaro Magalhães, encenação de João Luiz e interpretação de Anabela Nóbrega


Espectáculo para m/ 6 anos, em cena  no Teatro da Vilarinha até 18 de novembro 2012
 

Sábados às 16h00 e 21h30  e domingos às 16h00, para público em geral
3ª a 6ª feira às 11h00 e 15h00, para público escolar, mediante marcação (outros horários a combinar)


Mais info: pedevento.pt
 

Faleceu o sócio fundador do Pé de Vento, Manuel António Pina



É com o nosso mais profundo pesar que comunicamos a todos os atuais e antigos colaboradores e também ao público em geral que o Sócio Fundador e Presidente da Mesa da Assembleia Geral de Pé de Vento, CRL, o dramaturgo e poeta Manuel António Pina, nos deixou.

Foram 34 anos geradores de uma nova e renovada dramaturgia que deram origem a uma estética teatral singular, construídas em parceria e cumplicidade artística, que começaram como ele próprio disse um dia:

No mistério da memória confundem-se sonho e realidade, vivido e invivido. O que lembramos (e o que esquecemos, pois o esquecimento é um particular e perplexo modo de memória) constitui uma “realidade” segunda, e uma “vida” segunda, feitas e desfeitas de uma matéria interior e absoluta que o desejo facilmente molda.
Vou (lembro-me que vou) ao volante de uma velha Diane branca. Sei que sou eu porque me lembro de um dia ter tido, ou de alguém, em mim, um dia ter tido, essa Diane… A meu lado vão a Maria João e João Luiz. Falamos os três de sonhos e de coisas reais… Acho que a Maria João e o João Luiz têm um sonho e que me falam dele (eram tempos propícios aos sonhos, esses, e sonhava-se sem querer e sem dar por isso, quase como se respirava).
Eu tive sempre uma estranha relutância em passar a porta dos sonhos dos outros.
… Mas alguns sonhos expõem-se, tão desmesuradamente diante de nós que é impossível continuar a fechar os olhos. O da Maria João e do João Luiz era uma companhia de teatro. Tinha nascido em algum lugar inacessível dos seus corações e dos seus motivos mais profundos, tinha sombriamente avultado e ganhado forma, natural e jurídica, e expunha-se agora à minha curiosidade e ao meu medo como um ser frágil e fecundo desejoso de viver. Como poderia eu enfrentar esse desejo?
Não sei se alguma vez alguém, de chofre, vos disse: “Tenho um sonho!”. E, depois, vos empurrou para dentro dele. É uma responsabilidade enorme saber de um sonho alheio e encontrar-se subitamente dentro dele, e é preciso ser temerário para não pensar então: “E se não sou capaz?”.
Por isso, a minha primeira ideia foi evadir-me. A Maria João e o João Luiz que fossem, pensei eu (ou penso que pensei), sonhar para outro lado.
… A mim já me bastavam os meus sonhos… Mas, sem me aperceber, eu tinha sido feito prisioneiro do sonho de ambos.
A velha Diane está agora parada em qualquer sítio da berma da estrada, e continuamos os três, a Maria João, o João Luiz e eu, a falar interminavelmente. Inventamos palavras. Enquanto o sonho, algures, latejante, aguarda, nós desajeitadamente celebramos sobre a sua cabeça o mistério das palavras, procurando as que serão capazes de o acordar e de o revelar. Porque os sonhos, como os seres todos, têm um Nome, um Nome único e irrepetível. E é preciso descobrir e enunciar esse Nome para que eles rompam a obscura e indiferente fronteira da inexistência.
… Muitas dessas palavras tornaram-se memória e esqueceram-nos (no sentido transitivo e no sentido intransitivo). Talvez eu próprio, a Maria João e o João Luiz sejamos, quem sabe?, também apenas memória. (in “Memória dos Dezoito Anos” do Pé de Vento)

Porto, 19 de outubro de 2012 

HISTÓRIA DE UM SEGREDO


História de Um Segredo estreia no Teatro da Vilarinha e abre temporada do Pé de Vento
Texto de Álvaro Magalhães, encenação de João Luiz e interpretação de Anabela Nóbrega

sábado, 20 de outubro, às 21h30


Apesar de o espectáculo se encontrar disponível para as marcações do público escolar a partir de 3ª feira, 16 de outubro, é na primeira representação de História de Um Segredo para o público em geral, sábado, 20 de outubro, às 21h30, que o Pé de Vento assinala a abertura da actual temporada.

História de Um Segredo estreou no verão de 2006 na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, num pátio exterior. No inverno 2008-2009 esteve em cena no interior, na galeria, a par da exposição dos 30 Anos da Companhia Pé de Vento. Volta agora, pela primeira vez no palco da Vilarinha.

Com História de Um Segredo, Álvaro Magalhães recria um motivo tradicional, presente em diversas culturas. Um rei poderoso, incapaz de suportar o segredo que guarda desde pequeno, conta-o a um seu criado. Se o deixares escapar, pagarás com a tua própria vida, avisa o rei. É fácil, pensou o criado, basta não o contar. Mas aquele segredo não era um segredo qualquer. Estava vivo. E o que ele mais queria era deixar de ser um segredo. E depois? Bem, esse é o segredo que só o Pé de Vento pode contar.

Encenação: João Luiz
Texto: Álvaro Magalhães
Cenografia: João Calvário | Cristina Lucas
Figurino: Susanne Rösler
Música: Tilike Coelho
Interpretação: Anabela Nóbrega
Desenho do cartaz: Agostinho Santos
Construção do cenário: Rui Azevedo
Operação de luz: Rui Azevedo
Espectáculo para m/ 6 anos

Teatro da Vilarinha
16 de outubro a 18 de novembro 2012 
sábados às 16h00 e 21h30 (dia 20 não há sessão às 16h00) e domingos às 16h00, para público em geral
3ª a 6ª feira às 11h00 e 15h00, para público escolar, mediante marcação (outros horários a combinar)

TEMPORADA 2012-2013

 

Independentemente da incerteza dos tempos, a programação do Pé de Vento dá continuidade ao modelo dos anos anteriores, propondo, em particular ao púbico infanto-juvenil, um encontro com o teatro, a única arte em que a palavra é uma forma de comunicação íntegra e viva. Razão acrescida para dedicar esta temporada a Manuel António Pina e Álvaro Magalhães, escritores que têm partilhado o percurso artístico da companhia e autores dos quatro espetáculos que levará à cena: três reposições e uma estreia absoluta em coprodução com o Teatro Nacional de S. João. A encenação é de João Luiz, diretor do Pé de Vento.
 
História de Um Segredo e O Senhor do Seu Nariz, dois textos de Álvaro Magalhães, sobem ao palco do Teatro da Vilarinha entre a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de janeiro. No Mosteiro de S. Bento da Vitória, estreia, em março, a coprodução com o TNSJ: Os macacos não se medem aos palmos, com texto inédito de Manuel António Pina. Também de Manuel António Pina, História do Sábio fechado na sua Biblioteca regressa em abril ao Teatro da Vilarinha. 

Da programação fazem ainda parte os Encontros de Bastidores e o Ateliê de Voz.

Como novidade, o Pé de Vento passa a ter disponível uma exposição, que tem por título O que é o Teatro e que poderá ser solicitada tanto por instituições de ensino como por bibliotecas.


6 de setembro a 28 de novembro 2012 
Exposição - O que é o Teatro

Fundação A LORD, Lordelo
 2ª a 6ª, 10h00-12h30 - 14h00-18h00


Rua da Cooperativa, 27 * 4580-809 Lordelo, Paredes
tlf: 224 447 357 | 932 131 955 - www.fundaaoalord.pt


 16 de outubro a 18 de novembro 2012 
História de um Segredo

Teatro da Vilarinha
M/ 6 anos


texto Álvaro Magalhães
encenação João Luiz
cenografia João Calvário | Cristina Lucas
interpretação Anabela Nóbrega
figurinos Susanne Rösler
música Tilike Coelho
desenho Agostinho Santos
 
História de um Segredo é a recriação por Álvaro Magalhães de um motivo tradicional, presente em diversas culturas. Um rei poderoso, incapaz de suportar o segredo que guarda desde pequeno, conta-o a um seu criado. Se o deixares escapar, pagarás com a tua própria vida, avisou o rei. É fácil, pensou o criado. Basta não o contar. Ouvir e calar. Mas aquele segredo não era um segredo qualquer. Estava vivo. E o que ele mais queria era deixar de ser um segredo. E depois? Bem, isso é outro segredo que só o Teatro Pé de Vento poderá contar.

 
27 novembro 2012 a 13 janeiro 2013
O SENHOR DO SEU NARIZ

Teatro da Vilarinha
M/4 anos


texto Álvaro Magalhães
encenação João Luiz
cenografia João Calvário
interpretação Patrícia Queirós
figurinos Susanne Rösler
composição musical
Blandino
desenho de luz Rui Damas
desenho gráfico Pedro Pires
construtor da harpa Ramón Santeiro
construção e montagem Rui Azevedo
 
Custou-me muito a nascer. Estava tão bem desnascido, aconchegado, sem ter nada que fazer. Mas tinha que ser, e lá acabei por nascer. Foi então que apareceu a fada… Não foi convidada mas apareceu. Foi para o que lhe deu. Pousou a mão na minha testa e disse: A vida deste rapaz vai dar para o torto. E foi isso que aconteceu. Era desagradável ser tão diferente do resto da gente, mas que havia de fazer se era esse o meu destino?


7 a 17 de março 2013
OS MACACOS NÃO SE MEDEM AOS PALMOS
coprodução Teatro Nacional São João  

Mosteiro de S. Bento da Vitória
 M/6 anos


texto Manuel António Pina
encenação João Luiz
interpretação Patrícia Queirós
 
Os macacos não se medem aos palmos é a história de Basílio, o macaquinho que recolhia num caneco de folheta os donativos destinados a seu dono, Fagundes da Silveira, um tocador de realejo. Diga-se que este teria conseguido juntar uma pequena fortuna se não tivesse gasto todo o dinheiro que ganhou em jogo e noutras extravagâncias... Mais atinado, o macaco Basílio foi guardando nas pregas do casaquinho de cetim – e sem que Fagundes disso se apercebesse – algumas das moedas que angariava, conseguindo assim um considerável pecúlio. Até que chega o dia em que os papéis se invertem e Fagundes já completamente falido, a quem o macaco Basílio comprara o realejo, passa a trabalhar para este…
Eis-nos, pois, mergulhados num mundo às avessas, que Manuel António Pina concebe com imaginação e humor, à semelhança de outros textos por ele escritos e que o Pé de Vento tem levado à cena.
 
Calendário e Bilheteira disponíveis a partir de janeiro.


15 de abril a 24 de maio 2013
HISTÓRIA DO SÁBIO FECHADO NA SUA BIBLIOTECA
   
Teatro da Vilarinha
M/6 anos


texto Manuel António Pina
encenação João Luiz
cenografia João Calvário | Rui Azevedo
interpretação Rui Spranger
figurinos Susanne Rösler
música Pedro Junqueira Maia
desenho de luz Rui Damas

Era uma vez um Sábio que tinha lido todos os livros e sabia tudo. Nada do que existia, e mesmo do que não existia, tinha para si segredos. Sabia quantas estrelas há no céu e quantos dias tem o mundo. Conversava com os animais e com as plantas e conhecia o passado, o presente e o futuro. Como sabia todas as coisas e não tinha nada para saber e conhecer, a sua vida era muito triste e desinteressante. Era uma vida sem espanto…
Às vezes apetecia ao Sábio não saber qualquer coisa, poder perguntar a alguém qualquer coisa que não soubesse. Mas vivia fechado na sua Biblioteca e não tinha ninguém a quem perguntar nada. Até que, um dia, bateu à porta da Biblioteca um Estrangeiro. O Sábio abriu-lhe a porta…


Horário dos espetáculos no Teatro da Vilarinha
sábados às 16h00 e 21h30 e domingos às 16h00, para público em geral
3ª a 6ª feira às 11h00 e 15h00, para público escolar, mediante marcação (outros horários a combinar)


2 a 12 de abril 2013
ENCONTRO DE BASTIDORES

Percurso pelo Teatro da Vilarinha
Duração: 2 horas | grupos de 40 alunos
2ª a 6ª feira, às 11h00 e 14h00
M/6 anos 

Um percurso pelo teatro onde o público contacta com o outro lado do espectáculo – o que não se vê no palco mas está sempre presente...
Um ator conduz o grupo através da totalidade das instalações do Teatro da Vilarinha – camarins, oficina de construção de cenários, atelier de confeção de figurinos, cabina de luz e de som, sala de ensaios e de leitura, serviços administrativos e por fim o palco e o sub-palco, sem esquecer os bastidores.
Tendo em conta que parte dos elementos do Pé de Vento serão surpreendidos no exercício das suas tarefas quotidianas, um dos objetivos com o debate é permitir um conhecimento mais circunstanciado da vida do teatro.
Esta atividade visa o desenvolvimento de novos públicos com uma outra compreensão do teatro, tanto mais que sem esse lado não visível o do palco não seria possível.
 

     6 de abril a 18 de maio 2013
A VOZ - sua utlização

Workshop orientado pela atriz Patrícia Queirós
sábados das 10h00 às 12h00
 
Destinado a professores, educadores, formadores e todos aqueles para quem a voz é uma ferramenta imprescindível para o seu trabalho no dia a dia.

Centrado na utilização correta do aparelho vocal, a formação visa estimular todas as capacidades expressivas ao nível da linguagem verbal – dar ação à voz e à palavra.
O trabalho a desenvolver visa dotar os participantes de um conjunto de ferramentas básicas destinadas ao autoconhecimento do seu aparelho vocal e como o usar corretamente. Neste workshop os participantes dispõem de um espaço onde poderão experimentar o efeito da expressão dramática e consequentes alterações comportamentais, para além da voz.
Fuja à rotina e venha conhecer como pode explorar as suas potencialidades, num clima de descontração e equilíbrio, através de exercícios acessíveis e, porque não, divertidos.
 
Conteúdos: respiração e relaxamento; colocação e projeção de voz; postura; articulação e dicção; oralidade; interpretação de texto; avaliação final.


EXPOSIÇÃO
O QUE É O TEATRO?
 
Esta exposição, promovida pela Direção-Geral das Artes, constituiu um desafio para quem, como eu, há largos anos se vem ocupando do estudo e do ensino da história do teatro. Ao propósito de divulgar por todo o País esta arte e a sua história juntava-se o desejo de nela incluir a memória do teatro feito em Portugal. A escassez de documentação anterior ao século XVI e as dificuldades de acesso às fontes textuais e iconográficas foram determinantes para as opções tomadas. Creio, todavia, que a exposição permitirá reapreciar o lugar do teatro produzido em Portugal e na cultura europeia, graças ao cruzamento que o observador é convidado a fazer, quer entre imagens de diversa proveniência, quer entre estas e o texto.
Maria João Brilhante – Comissariado científico
(Centro de Estudos de Teatro)

Exposição disponível para instituições de ensino, bibliotecas e organizações de difusão cultural, composta por 25 quadros (60cm X 70cm).
Período de cedência – máximo 60 dias
Custos – transporte e montagem (caso seja necessário)
.

BALANÇO DA TEMPORADA 2011-2012

 

Duas estreias absolutas, uma co-produção, uma nova versão e uma reposição


A diversidade marcou a programação do Pé de Vento na temporada que agora termina. Diversidade nas temáticas e nos autores levados à cena: Gil Vicente, o pai do teatro português, João Miranda, um autor angolano, Manuel António Pina e Álvaro Magalhães, dois escritores que já fazem parte da história desta companhia de teatro.

Quer isto dizer que, na temporada 2011-2012, o Pé de Vento levou à cena duas estreias absolutas – Ensalada Vicentina, de Gil Vicente, e Pethelo-a-Kuma, o menino inteligente, de João Miranda, esta última em co-produção com a Jangada Teatro; uma nova versão da História do Sábio fechado na sua Biblioteca, de Manuel António Pina; a reposição de O Senhor do Seu Nariz, de Álvaro Magalhães; e os habituais Encontros de Bastidores. Em paralelo, o Teatro da Vilarinha, onde a companhia está radicada desde 1996, apresentou, no âmbito do seu programa de acolhimento, um concerto de música contemporânea, uma noite de fado e uma peça de teatro. 

Inevitavelmente, a actual conjuntura económico-financeira fez-se sentir num decréscimo de públicos. Ainda assim, cerca de seis mil pessoas assistiram aos espectáculos do Pé de Vento e visitaram o Teatro da Vilarinha, cuja sala de espectáculos, refira-se, tem uma lotação de 106 lugares.


ESPECTÁCULOS LEVADOS À CENA 

João Luiz, director do Pé de Vento, encenou todos os espectáculos desta temporada, que começou com Ensalada Vicentina, uma incursão no universo dramático e poético de Gil Vicente, para maiores de 12 anos. Com interpretação de Patrícia Queirós e de Rui Spranger, estreou em Outubro, no Teatro da Vilarinha, e, em Março, viajou até Lordelo, para duas representações na Fundação A LORD.

Em Dezembro, o Pé de Vento repôs, no Teatro da Vlarinha, O Senhor do Seu Nariz, uma história de Álvaro Magalhães, para maiores de 4 anos, interpretada por Patrícia Queirós, na personagem de contadora/narradora. Trata-se de um espectáculo de repertório, que estreou em Março de 2011.

A segunda estreia absoluta da temporada correspondeu à primeira co-produção com a Jangada Teatro, de Lousada, que desafiou o Pé de Vento a levar à cena um autor oriundo de um país africano de língua oficial portuguesa. A escolha recaiu sobre Pethelo-a-Kuma, o menino inteligente, de João Miranda, uma história sem tempo e sem espaço, que dá a conhecer aspectos da tradição cultural angolana, interpretada por Bruno Martins, Patrícia Ferreira, Sophia Cunha e Vítor Fernandes. O espectáculo, para maiores de 12 anos, estreou em Fevereiro, no Teatro da Vilarinha. Em Abril, esteve em cena no Auditório Municipal de Lousada.

A nova versão da História do Sábio fechado na sua Biblioteca foi apresentada em Abril e Maio, no Teatro da Vilarinha. Desta vez, Rui Spranger aparece sozinho em palco, no papel de sábio/contador de uma história de Manuel António Pina, para maiores de 6 anos, que estreou em 2008, aquando do 30ª aniversário da companhia de teatro Pé de Vento.

Antes, em Março, os Encontros de Bastidores foram excepcionalmente concorridos. A iniciativa é dirigida a jovens estudantes, que, em pequenos grupos, percorrem o outro lado do teatro, o que não se vê no palco mas está sempre presente. Conduzidos por um actor, a visita dá a conhecer camarins, oficina de construção de cenários, atelier de confecção de figurinos, cabina de luz e de som, sala de ensaios e de leitura, serviços administrativos e por fim o palco e o sub-palco, sem esquecer os bastidores. Ao longo de duas horas, contactam também com adereços, peças de cenários e figurinos, num encontro com actores, técnicos e demais elementos da companhia, junto dos quais podem esclarecer interrogações. Esta iniciativa visa o desenvolvimento de novos públicos com uma outra compreensão do espectáculo de teatro, tanto mais que sem esse lado não visível, o do palco não seria possível.


ACOLHIMENTO TEATRO DA VILARINHA

O Concerto da Oficina Musical, em colaboração com o Atelier de Composição, abriu, em Setembro, o programa de acolhimento do Teatro da Vilarinha, com um concerto monográfico do compositor Virgílio Melo, de entrada livre.
 
Também de entrada livre, Fado em Noite à Portuguesa, no último sábado de Abril, sobrelotou o Teatro da Vilarinha. O espectáculo encerrou o programa de Aldoar em Homenagem ao Fado, uma iniciativa da Junta de Freguesia de Aldoar iniciada em Fevereiro.

No final de Maio, AstroFingido apresentou Um Dia com Ela, uma tragicomédia visual encenada por John Mowat e interpretada por Ângela Marques.


HÁ 34 ANOS A FAZER TEATRO

Criada em 1978, a companhia de teatro Pé de Vento completa este ano o 34º aniversário. Pensado para privilegiar o público infanto-juvenil, o projecto pautou-se, desde o início, pela fixação de critérios estéticos bem definidos e por uma constante exigência de rigor e profissionalismo. A identidade artística da companhia resulta de opções claras, decorrentes de uma concepção de teatro onde o texto tem um papel fulcral. A valorização da palavra no espectáculo teatral tem determinado uma escolha criteriosa dos textos com vista ao aprofundamento do trabalho cénico da linguagem. 

Depois de ter estado sedeado em vários espaços da cidade do Porto, em 1995, o Pé de Vento celebrou um protocolo de cedência de instalações com a Junta de Freguesia de Aldoar, que lhe permitiu abrir ao público, em 1996, o Teatro da Vilarinha.


Mais informações sobre o Pé de Vento e o Teatro da Vilarinha em: www.pedevento.pt


Imagens do sábio fechado na sua biblioteca

 

Nova versão da HISTÓRIA DO SÁBIO FECHADO NA SUA BIBLIOTECA esteve em cena de 21 de abril a 18 de maio de 2012, no Teatro da Vilarinha.

Texto de Manuel António Pina, com encenação de João Luiz e interpretação de Rui Spranger.











UM DIA COM ELA


AstroFingido apresenta

Tragicomédia visual para m/ 12 anos

24, 25 e 26 de Maio, 21h30, no Teatro da Vilarinha

Um Dia com Ela é uma comédia visual sobre uma mulher com um peculiar interesse pelos seus vizinhos, uma estranha relação com o seu televisor e um desejo secreto pelo entregador de pizzas. Enquanto observa e regista o que fazem os vizinhos, ela vê televisão, ganha concursos, perde peso e apaixona-se.





Encenação John Mowat
Assistência de encenação e coreografia Andrea Gabilondo
Sonoplastia Carlos Adolfo
Espaço cénico e figurinos Sandra Neves
Interpretação Ângela Marques




Preço de bilheteira: €7,50 e €5,00 para estudantes, crianças, 3ª idade e profissionais de espectáculo.



Noite de Fado


Sábado, 28 de abril, é Noite de Fado no Teatro da Vilarinha, às 21h30. Entrada livre.

FADO EM NOITE À PORTUGUESA conta com a participação dos fadistas Nelson Duarte, Emídio Rodrigues, Patrícia Costa e Alexandra Guimarães. André Teixeira à viola e Miguel Amaral à guitarra.

O espectáculo encerra o programa de Aldoar em Homenagem ao Fado, uma iniciativa da Junta de Freguesia de Aldoar, em parceria com a Câmara Municipal do Porto, o Museu do Fado, em Lisboa, e o Pé de Vento.

Aldoar em Homenagem ao Fado arrancou a 25 de Fevereiro, com a inauguração de FADO EM EXPOSIÇÃO, patente até 28 de Abril. na Junta de Freguesia de Aldoar - Rua da Vilarinha, 1090.

Mais info: Junta de Freguesia de Aldoar

Aldoar em Homenagem ao Fado