TEMPORADA 2012-2013

 

Independentemente da incerteza dos tempos, a programação do Pé de Vento dá continuidade ao modelo dos anos anteriores, propondo, em particular ao púbico infanto-juvenil, um encontro com o teatro, a única arte em que a palavra é uma forma de comunicação íntegra e viva. Razão acrescida para dedicar esta temporada a Manuel António Pina e Álvaro Magalhães, escritores que têm partilhado o percurso artístico da companhia e autores dos quatro espetáculos que levará à cena: três reposições e uma estreia absoluta em coprodução com o Teatro Nacional de S. João. A encenação é de João Luiz, diretor do Pé de Vento.
 
História de Um Segredo e O Senhor do Seu Nariz, dois textos de Álvaro Magalhães, sobem ao palco do Teatro da Vilarinha entre a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de janeiro. No Mosteiro de S. Bento da Vitória, estreia, em março, a coprodução com o TNSJ: Os macacos não se medem aos palmos, com texto inédito de Manuel António Pina. Também de Manuel António Pina, História do Sábio fechado na sua Biblioteca regressa em abril ao Teatro da Vilarinha. 

Da programação fazem ainda parte os Encontros de Bastidores e o Ateliê de Voz.

Como novidade, o Pé de Vento passa a ter disponível uma exposição, que tem por título O que é o Teatro e que poderá ser solicitada tanto por instituições de ensino como por bibliotecas.


6 de setembro a 28 de novembro 2012 
Exposição - O que é o Teatro

Fundação A LORD, Lordelo
 2ª a 6ª, 10h00-12h30 - 14h00-18h00


Rua da Cooperativa, 27 * 4580-809 Lordelo, Paredes
tlf: 224 447 357 | 932 131 955 - www.fundaaoalord.pt


 16 de outubro a 18 de novembro 2012 
História de um Segredo

Teatro da Vilarinha
M/ 6 anos


texto Álvaro Magalhães
encenação João Luiz
cenografia João Calvário | Cristina Lucas
interpretação Anabela Nóbrega
figurinos Susanne Rösler
música Tilike Coelho
desenho Agostinho Santos
 
História de um Segredo é a recriação por Álvaro Magalhães de um motivo tradicional, presente em diversas culturas. Um rei poderoso, incapaz de suportar o segredo que guarda desde pequeno, conta-o a um seu criado. Se o deixares escapar, pagarás com a tua própria vida, avisou o rei. É fácil, pensou o criado. Basta não o contar. Ouvir e calar. Mas aquele segredo não era um segredo qualquer. Estava vivo. E o que ele mais queria era deixar de ser um segredo. E depois? Bem, isso é outro segredo que só o Teatro Pé de Vento poderá contar.

 
27 novembro 2012 a 13 janeiro 2013
O SENHOR DO SEU NARIZ

Teatro da Vilarinha
M/4 anos


texto Álvaro Magalhães
encenação João Luiz
cenografia João Calvário
interpretação Patrícia Queirós
figurinos Susanne Rösler
composição musical
Blandino
desenho de luz Rui Damas
desenho gráfico Pedro Pires
construtor da harpa Ramón Santeiro
construção e montagem Rui Azevedo
 
Custou-me muito a nascer. Estava tão bem desnascido, aconchegado, sem ter nada que fazer. Mas tinha que ser, e lá acabei por nascer. Foi então que apareceu a fada… Não foi convidada mas apareceu. Foi para o que lhe deu. Pousou a mão na minha testa e disse: A vida deste rapaz vai dar para o torto. E foi isso que aconteceu. Era desagradável ser tão diferente do resto da gente, mas que havia de fazer se era esse o meu destino?


7 a 17 de março 2013
OS MACACOS NÃO SE MEDEM AOS PALMOS
coprodução Teatro Nacional São João  

Mosteiro de S. Bento da Vitória
 M/6 anos


texto Manuel António Pina
encenação João Luiz
interpretação Patrícia Queirós
 
Os macacos não se medem aos palmos é a história de Basílio, o macaquinho que recolhia num caneco de folheta os donativos destinados a seu dono, Fagundes da Silveira, um tocador de realejo. Diga-se que este teria conseguido juntar uma pequena fortuna se não tivesse gasto todo o dinheiro que ganhou em jogo e noutras extravagâncias... Mais atinado, o macaco Basílio foi guardando nas pregas do casaquinho de cetim – e sem que Fagundes disso se apercebesse – algumas das moedas que angariava, conseguindo assim um considerável pecúlio. Até que chega o dia em que os papéis se invertem e Fagundes já completamente falido, a quem o macaco Basílio comprara o realejo, passa a trabalhar para este…
Eis-nos, pois, mergulhados num mundo às avessas, que Manuel António Pina concebe com imaginação e humor, à semelhança de outros textos por ele escritos e que o Pé de Vento tem levado à cena.
 
Calendário e Bilheteira disponíveis a partir de janeiro.


15 de abril a 24 de maio 2013
HISTÓRIA DO SÁBIO FECHADO NA SUA BIBLIOTECA
   
Teatro da Vilarinha
M/6 anos


texto Manuel António Pina
encenação João Luiz
cenografia João Calvário | Rui Azevedo
interpretação Rui Spranger
figurinos Susanne Rösler
música Pedro Junqueira Maia
desenho de luz Rui Damas

Era uma vez um Sábio que tinha lido todos os livros e sabia tudo. Nada do que existia, e mesmo do que não existia, tinha para si segredos. Sabia quantas estrelas há no céu e quantos dias tem o mundo. Conversava com os animais e com as plantas e conhecia o passado, o presente e o futuro. Como sabia todas as coisas e não tinha nada para saber e conhecer, a sua vida era muito triste e desinteressante. Era uma vida sem espanto…
Às vezes apetecia ao Sábio não saber qualquer coisa, poder perguntar a alguém qualquer coisa que não soubesse. Mas vivia fechado na sua Biblioteca e não tinha ninguém a quem perguntar nada. Até que, um dia, bateu à porta da Biblioteca um Estrangeiro. O Sábio abriu-lhe a porta…


Horário dos espetáculos no Teatro da Vilarinha
sábados às 16h00 e 21h30 e domingos às 16h00, para público em geral
3ª a 6ª feira às 11h00 e 15h00, para público escolar, mediante marcação (outros horários a combinar)


2 a 12 de abril 2013
ENCONTRO DE BASTIDORES

Percurso pelo Teatro da Vilarinha
Duração: 2 horas | grupos de 40 alunos
2ª a 6ª feira, às 11h00 e 14h00
M/6 anos 

Um percurso pelo teatro onde o público contacta com o outro lado do espectáculo – o que não se vê no palco mas está sempre presente...
Um ator conduz o grupo através da totalidade das instalações do Teatro da Vilarinha – camarins, oficina de construção de cenários, atelier de confeção de figurinos, cabina de luz e de som, sala de ensaios e de leitura, serviços administrativos e por fim o palco e o sub-palco, sem esquecer os bastidores.
Tendo em conta que parte dos elementos do Pé de Vento serão surpreendidos no exercício das suas tarefas quotidianas, um dos objetivos com o debate é permitir um conhecimento mais circunstanciado da vida do teatro.
Esta atividade visa o desenvolvimento de novos públicos com uma outra compreensão do teatro, tanto mais que sem esse lado não visível o do palco não seria possível.
 

     6 de abril a 18 de maio 2013
A VOZ - sua utlização

Workshop orientado pela atriz Patrícia Queirós
sábados das 10h00 às 12h00
 
Destinado a professores, educadores, formadores e todos aqueles para quem a voz é uma ferramenta imprescindível para o seu trabalho no dia a dia.

Centrado na utilização correta do aparelho vocal, a formação visa estimular todas as capacidades expressivas ao nível da linguagem verbal – dar ação à voz e à palavra.
O trabalho a desenvolver visa dotar os participantes de um conjunto de ferramentas básicas destinadas ao autoconhecimento do seu aparelho vocal e como o usar corretamente. Neste workshop os participantes dispõem de um espaço onde poderão experimentar o efeito da expressão dramática e consequentes alterações comportamentais, para além da voz.
Fuja à rotina e venha conhecer como pode explorar as suas potencialidades, num clima de descontração e equilíbrio, através de exercícios acessíveis e, porque não, divertidos.
 
Conteúdos: respiração e relaxamento; colocação e projeção de voz; postura; articulação e dicção; oralidade; interpretação de texto; avaliação final.


EXPOSIÇÃO
O QUE É O TEATRO?
 
Esta exposição, promovida pela Direção-Geral das Artes, constituiu um desafio para quem, como eu, há largos anos se vem ocupando do estudo e do ensino da história do teatro. Ao propósito de divulgar por todo o País esta arte e a sua história juntava-se o desejo de nela incluir a memória do teatro feito em Portugal. A escassez de documentação anterior ao século XVI e as dificuldades de acesso às fontes textuais e iconográficas foram determinantes para as opções tomadas. Creio, todavia, que a exposição permitirá reapreciar o lugar do teatro produzido em Portugal e na cultura europeia, graças ao cruzamento que o observador é convidado a fazer, quer entre imagens de diversa proveniência, quer entre estas e o texto.
Maria João Brilhante – Comissariado científico
(Centro de Estudos de Teatro)

Exposição disponível para instituições de ensino, bibliotecas e organizações de difusão cultural, composta por 25 quadros (60cm X 70cm).
Período de cedência – máximo 60 dias
Custos – transporte e montagem (caso seja necessário)
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