Independentemente da incerteza dos tempos, a programação do Pé de Vento dá continuidade ao modelo dos anos anteriores, propondo, em particular ao púbico infanto-juvenil, um encontro com o teatro, a única arte em que a palavra é uma forma de comunicação íntegra e viva. Razão acrescida para dedicar esta temporada a Manuel António Pina e Álvaro Magalhães, escritores que têm partilhado o percurso artístico da companhia e autores dos quatro espetáculos que levará à cena: três reposições e uma estreia absoluta em coprodução com o Teatro Nacional de S. João. A encenação é de João Luiz, diretor do Pé de Vento.
História de Um Segredo
e O Senhor do Seu
Nariz, dois
textos de Álvaro Magalhães, sobem ao palco do Teatro da
Vilarinha entre a segunda quinzena de outubro e a primeira
quinzena de janeiro. No Mosteiro de S. Bento da
Vitória, estreia, em março, a coprodução com o TNSJ: Os
macacos não se medem aos palmos, com texto inédito de
Manuel António Pina. Também de Manuel António
Pina, História do Sábio fechado na sua Biblioteca
regressa em abril ao Teatro da Vilarinha.
Da programação fazem ainda
parte os Encontros de Bastidores e o Ateliê
de Voz.
Como novidade, o Pé de Vento passa a ter disponível uma exposição, que tem por título O que é o Teatro e que poderá ser solicitada tanto por instituições de ensino como por bibliotecas.
6 de setembro a
28 de novembro 2012
Exposição - O que é o Teatro
Fundação A LORD, Lordelo
2ª a 6ª, 10h00-12h30 - 14h00-18h00
Rua da Cooperativa, 27 * 4580-809 Lordelo, Paredes
16 de outubro a 18 de novembro 2012
História de um Segredo
Teatro da Vilarinha
M/ 6 anos
texto Álvaro Magalhães
encenação João Luiz
cenografia João Calvário | Cristina Lucas
interpretação Anabela Nóbrega
figurinos
Susanne Rösler
música Tilike Coelho
música Tilike Coelho
desenho
Agostinho Santos
História de um Segredo é a recriação por Álvaro Magalhães de um motivo tradicional, presente em diversas culturas. Um rei poderoso, incapaz de suportar o segredo que guarda desde pequeno, conta-o a um seu criado. Se o deixares escapar, pagarás com a tua própria vida, avisou o rei. É fácil, pensou o criado. Basta não o contar. Ouvir e calar. Mas aquele segredo não era um segredo qualquer. Estava vivo. E o que ele mais queria era deixar de ser um segredo. E depois? Bem, isso é outro segredo que só o Teatro Pé de Vento poderá contar.
27 novembro 2012 a 13 janeiro 2013
O SENHOR DO SEU NARIZ
Teatro da Vilarinha
M/4 anos
texto Álvaro Magalhães
encenação João Luiz
cenografia João Calvário
interpretação Patrícia Queirós
figurinos
Susanne Rösler
composição musical Blandino
composição musical Blandino
desenho de luz Rui Damas
desenho gráfico
Pedro Pires
construtor da harpa Ramón Santeiro
construção e montagem Rui Azevedo
Custou-me muito
a nascer. Estava tão bem desnascido, aconchegado, sem ter
nada que fazer. Mas tinha que ser, e lá acabei por nascer.
Foi então que
apareceu a fada… Não foi convidada mas apareceu. Foi para o
que lhe deu. Pousou a mão na minha testa e disse:
A vida deste rapaz vai dar para o torto. E foi isso que
aconteceu. Era desagradável ser tão diferente do resto da
gente, mas que havia de fazer se era esse o meu destino?
7 a 17 de
março 2013
OS MACACOS NÃO SE MEDEM AOS PALMOS
coprodução Teatro Nacional São João
texto Manuel António Pina
encenação João
Luiz
interpretação Patrícia
Queirós
Os macacos não se medem aos palmos é a história de Basílio, o macaquinho que recolhia num caneco de folheta os donativos destinados a seu dono, Fagundes da Silveira, um tocador de realejo. Diga-se que este teria conseguido juntar uma pequena fortuna se não tivesse gasto todo o dinheiro que ganhou em jogo e noutras extravagâncias... Mais atinado, o macaco Basílio foi guardando nas pregas do casaquinho de cetim – e sem que Fagundes disso se apercebesse – algumas das moedas que angariava, conseguindo assim um considerável pecúlio. Até que chega o dia em que os papéis se invertem e Fagundes já completamente falido, a quem o macaco Basílio comprara o realejo, passa a trabalhar para este…
Eis-nos, pois,
mergulhados num mundo às avessas, que Manuel António Pina
concebe com imaginação e humor, à semelhança de outros
textos por ele escritos e que o Pé de Vento tem levado à
cena.
Calendário e Bilheteira disponíveis a partir de janeiro.
15 de abril a 24
de maio 2013
HISTÓRIA DO SÁBIO FECHADO NA SUA BIBLIOTECA
Teatro da Vilarinha
M/6 anos
texto Manuel António Pina
encenação João Luiz
cenografia João Calvário | Rui Azevedo
interpretação Rui Spranger
figurinos
Susanne Rösler
música Pedro Junqueira Maia
desenho de luz Rui Damas
música Pedro Junqueira Maia
desenho de luz Rui Damas
Era uma vez
um Sábio que tinha lido todos os livros e sabia tudo. Nada
do que existia, e mesmo do que não existia, tinha para si
segredos. Sabia quantas estrelas há no céu e quantos dias
tem o mundo. Conversava com os animais e com as plantas e
conhecia o passado, o presente e o futuro. Como sabia todas
as coisas e não tinha nada para saber e conhecer, a sua vida
era muito triste e desinteressante. Era uma vida sem
espanto…
Às vezes apetecia ao Sábio não saber qualquer coisa, poder perguntar a alguém qualquer coisa que não soubesse. Mas vivia fechado na sua Biblioteca e não tinha ninguém a quem perguntar nada. Até que, um dia, bateu à porta da Biblioteca um Estrangeiro. O Sábio abriu-lhe a porta…
Às vezes apetecia ao Sábio não saber qualquer coisa, poder perguntar a alguém qualquer coisa que não soubesse. Mas vivia fechado na sua Biblioteca e não tinha ninguém a quem perguntar nada. Até que, um dia, bateu à porta da Biblioteca um Estrangeiro. O Sábio abriu-lhe a porta…
Horário dos espetáculos no Teatro da
Vilarinha
sábados às 16h00
e 21h30 e domingos às 16h00, para público em geral
3ª a 6ª feira às 11h00 e 15h00, para público escolar, mediante marcação (outros horários a combinar)
3ª a 6ª feira às 11h00 e 15h00, para público escolar, mediante marcação (outros horários a combinar)
2 a 12 de abril
2013
ENCONTRO DE BASTIDORES
Percurso pelo Teatro da Vilarinha
Percurso pelo Teatro da Vilarinha
Duração: 2 horas | grupos
de 40 alunos
2ª a 6ª feira, às 11h00 e 14h00
M/6 anos
Um percurso pelo teatro onde o público contacta com o outro lado do espectáculo – o que não se vê no palco mas está sempre presente...
Um
ator conduz o grupo através da totalidade das instalações do
Teatro da Vilarinha – camarins, oficina de construção de
cenários, atelier de confeção de figurinos, cabina de luz e
de som, sala de ensaios e de leitura, serviços
administrativos e por fim o palco e o sub-palco, sem
esquecer os bastidores.
Tendo em conta que parte dos elementos do Pé de Vento serão
surpreendidos no exercício das suas tarefas quotidianas, um
dos objetivos com o debate é permitir um conhecimento mais
circunstanciado da vida do teatro.
Esta atividade visa o desenvolvimento de novos públicos com
uma outra compreensão do teatro, tanto mais que sem esse
lado não visível o do palco não seria possível.
6 de abril a
18 de maio 2013
A VOZ - sua utlização
Workshop orientado pela atriz Patrícia Queirós
sábados das
10h00 às 12h00
Destinado
a professores, educadores, formadores e todos aqueles
para quem a voz é uma ferramenta imprescindível para
o seu trabalho no dia a dia.
Centrado na utilização correta do aparelho vocal, a formação visa estimular todas as capacidades expressivas ao nível da linguagem verbal – dar ação à voz e à palavra.
O trabalho a
desenvolver visa dotar os participantes de um conjunto de
ferramentas básicas destinadas ao autoconhecimento do seu
aparelho vocal e como o usar corretamente. Neste workshop
os participantes dispõem de um espaço onde poderão
experimentar o efeito da expressão dramática e consequentes
alterações comportamentais, para além da voz.
Fuja à rotina e
venha conhecer como pode explorar as suas potencialidades,
num clima de descontração e equilíbrio, através de
exercícios acessíveis e, porque não, divertidos.
Conteúdos:
respiração e relaxamento; colocação e projeção de voz;
postura; articulação e dicção; oralidade; interpretação de
texto; avaliação final.
EXPOSIÇÃO
O QUE É O TEATRO?
Esta
exposição, promovida pela Direção-Geral das Artes,
constituiu um desafio para quem, como eu, há largos anos se
vem ocupando do estudo e do ensino da história do teatro. Ao
propósito de divulgar por todo o País esta arte e a sua
história juntava-se o desejo de nela incluir a memória do
teatro feito em Portugal. A escassez de documentação
anterior ao século XVI e as dificuldades de acesso às fontes
textuais e iconográficas foram determinantes para as opções
tomadas. Creio, todavia, que a exposição permitirá
reapreciar o lugar do teatro produzido em Portugal e na
cultura europeia, graças ao cruzamento que o observador é
convidado a fazer, quer entre imagens de diversa
proveniência, quer entre estas e o texto.
Maria João
Brilhante – Comissariado científico
(Centro de
Estudos de Teatro)
Exposição
disponível para instituições de ensino, bibliotecas e
organizações de difusão cultural, composta por 25
quadros (60cm X 70cm).
Período de
cedência – máximo 60 dias
Custos –
transporte e montagem (caso seja necessário)
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